Departamento de Enfermagem divulga práticas integrativas para enfrentar o isolamento social

O grupo de pesquisa Práticas Integrativas e Complementares: contribuições para a saúde, para o ensino e para o serviço, do Departamento de Enfermagem da Ufes, está disponibilizando em suas redes sociais informações sobre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) em tempos da COVID-19.

As PICS estão inseridas no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de políticas de saúde pública e outros marcos regulatórios, abrangendo, atualmente, 29 práticas: Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Medicina Antroposófica, Termalismo Social (Crenoterapia), Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Yoga, Aromaterapia, Apiterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de Mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.

Esses recursos terapêuticos estão baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenção e tratamento complementar de agravos à saúde.

Assim, o grupo de pesquisa utiliza as PICS como possibilidade de enfrentamento ao isolamento social por meio da vivência de práticas meditativas e outras, bem como por meio de informações envolvendo os benefícios de práticas integrativas e complementares à saúde, uma vez que o isolamento social pode contribuir para quadros de ansiedade, mudança de humor, síndrome do pânico, agressividade, depressão, irritações e outros transtornos.

Além de abordar as PICS, o grupo disponibiliza informações sobre a COVID-19. “Muitas informações estão circulando, mas não são confiáveis, gerando pânico e condutas contrárias às instituídas pelos órgãos oficiais de saúde e vigilância, criando um grande desserviço à saúde pública. Como pesquisadores, temos a saúde como a principal razão do nosso trabalho e a vida como nosso maior objetivo. Assim, as nossas mídias sociais se tornaram uma ferramenta eficaz para divulgar informações oficiais, além das informações científicas, acadêmicas, verídicas, éticas e críveis sobre a pandemia. Acreditamos que a informação é um modo importante de controlar a disseminação da doença”, explica a coordenadora do grupo de pesquisa e professora do Departamento de Enfermagem da Ufes, Magda Castro. 

Ela destaca que as mídias sociais do grupo visam contribuir para a promoção da saúde, valorizando o conhecimento, a solidariedade e vivências que contribuam para a vida, a saúde e o bem-estar. “Apoiamos o isolamento social e pretendemos contribuir com a sociedade, que vem se redescobrindo, reinventando-se, reelaborando-se e readequando-se aos novos modos de viver e cuidar”, conclui.

Contribuição

O grupo começou a atuar em 2017 e, desde o início da adoção das medidas de isolamento social no país, tem se dedicado a dar visibilidade às PICS, por meio de vivência das práticas, levando-as para os domicílios e tornando-as acessíveis. O propósito é contribuir, nesse momento de pandemia, para que as pessoas passem por esse processo do modo mais saudável e harmônico possível. 

A professora Magda Castro enfatiza que o grupo tem como eixos norteadores de trabalho: a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, a Política Nacional de Promoção da Saúde e a Política Nacional de Humanização, estando em consonância com os preceitos do SUS.

As informações e os trabalhos sobre as PICS desenvolvidos pelo grupo estão disponíveis no blog https://picsufes.wixsite.com/picsufes, no Instagam (@pics.ufes) e no Facebook (PICs Ufes).

Mecanismos naturais

Segundo informações disponíveis no site do Ministério da Saúde (MS), as Práticas Integrativas e Complementares são sistemas e recursos terapêuticos que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de doenças e da recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade, com uma visão ampliada do processo saúde/doença e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado.

Os diagnósticos são embasados no indivíduo como um todo, considerando-o em seus vários aspectos: físico, psíquico, emocional e social. Essas ações, segundo o MS, contribuem para a ampliação do modelo de atenção à saúde, pois atendem ao indivíduo na sua integralidade, singularidade e complexidade, considerando sua inserção sociocultural e fortalecendo a relação entre quem cuida e quem é cuidado, o que contribui para a humanização da assistência.

Texto: Jorge Medina
Edição: Thereza Marinho

Publicado em 6 de Maio de 2020.

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