Boletim informativo Covid/Ufes nº 31
Boletim para análise da situação da covid-19 no Espírito Santo, de 15 de maio a 12 de junho de 2022.
Semanas epidemiológicas: de 20 a 24/2022
EVOLUÇÃO DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS
Nas últimas cinco semanas, a análise dos indicadores epidemiológicos remete a uma elevação no número de casos confirmados (período anterior: 208 casos; período atual: 867 casos, conforme Figura 1, a seguir), reforçada pelos valores da taxa de transmissão no Espírito Santo (1,42) e no interior (1,54), de acordo com as Figuras 3 e 4, respectivamente. O número de óbitos se mantém estável (média móvel do período anterior: 0,50; média dos últimos 14 dias: 1,14, conforme Figura 2).
O percentual do número de leitos hospitalares de CTI e enfermarias (Figura 5) destinados a pacientes portadores de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) demonstra um nível de ocupação muito baixo, alcançando cerca de 22%. Esses indicadores remetem a um aumento no percentual de pessoas vacinadas com o esquema completo de vacina (Figura 6). Entretanto, evidencia-se que o grupo prioritário de crianças para vacinação ainda está bem abaixo da média preconizada. É importante ressaltar que a vacinação contra a covid-19 em crianças é segura, liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
RECOMENDAÇÕES DO COE
1. Manutenção da Fase 4: retorno presencial com controle de risco para o semestre 2022/1;
2. Vacinação contra a covid-19: 1ª e 2ª doses e dose de reforço para os adultos, e 1ª e 2ª doses para as crianças;
3. Vacinação contra a influenza (gripe), devido ao aumento de casos de Síndromes Respiratórias Agudas;
4. Realização do teste para covid-19 quando da apresentação de sintomas gripais ou após contato com pessoa comprovadamente positiva para covid. Deve-se aguardar o período de 48 horas após o início dos sintomas ou após o contato para realizar o teste; e
5. Observar a Nota Técnica Covid-19 n° 14/2022 – GEVS/SESA/ES, que recomenda o uso de máscara em locais fechados e em ambiente escolar, e orienta o reforço na utilização de máscara nos seguintes casos:
- - Ao apresentar sintomas gripais e/ou de crise respiratória;
- - Ao obter resultado positivo em teste para a covid-19;
- - Ao cuidar de alguém que está doente com covid-19;
- - Se pertencer a grupo de risco para a covid-19;
- - Ao executar um trabalho em que interaja com um grande número de pessoas;
- - Ao andar de avião, ônibus, trem ou outras formas de transporte público, especialmente se for por um longo período de tempo e se houver lotação nesses espaços; e
- - Quando o distanciamento físico não for possível ou quando estiver em ambientes públicos internos ou externos com aglomeração.
Sobre o uso de máscaras em escolas, a Nota Técnica Covid-19 n° 14/2022 – GEVS/SESA/ES destaca que: "Em ambientes educacionais, a recomendação do uso adequado e contínuo das máscaras, cobrindo adequadamente boca e nariz, representa um importante suporte de proteção contra a cadeia de transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre alunos e profissionais da educação".
OBS.: Estão instalados postos de testagem para a covid-19 nos campi da Ufes:
Alegre |
Goiabeiras |
São Mateus |
Ao lado da biblioteca, atendimento das 14h às 16h, por agendamento |
DDP/Progep, atendimento das 7h às 12h e das 13h às 15h30, com distribuição de senha |
Museu do Anatômico, atendimento das 8h às 11h e das 13h às 15h30, sem agendamento |
Figura 1. Número de casos confirmados
Figura 2. Número de óbitos
Figura 3. Taxa de transmissão (Rt) no Espírito Santo
Figura 4. Taxa de transmissão (Rt) no interior do Espírito Santo
Figura 5. Taxa de ocupação de leitos de CTI e enfermaria
Figura 6. Taxa de vacinação
Informações adicionais:
. Os gráficos e tabelas têm como fonte a Secretaria de Estado da Saúde (Painel Covid-19 - ES) e o Instituto Jones dos Santos Neves.
. As informações que deram origem à análise e as imagens acima foram acessadas em 16/05/2022.
. O COE, órgão consultivo da Ufes, observa, em suas recomendações, a orientação da OMS (2020) de que as análises dos indicadores sejam feitas com intervalos de duas a três semanas, para se assegurar de que as mudanças foram consistentes ou se ocorreram apenas oscilações temporárias. Nessa análise, focaliza-se especialmente os seguintes indicadores: a) número de casos identificados, b) número de óbitos, c) taxa de transmissão (Rt) e d) número de leitos de CTI e de enfermaria disponíveis para avaliar a capacidade dos serviços de saúde em atender à demanda de pacientes diagnosticados com a doença. Com o aumento progressivo do percentual da população vacinada e com a ampliação das atividades sociais, as variáveis que estão sendo mais evidenciadas são a taxa de transmissão do vírus, o grau de letalidade e a taxa de ocupação de leitos.