Prorrogado até 12 de maio o prazo de resposta à segunda pesquisa de avaliação do Earte

A Comissão Especial para Acompanhamento e Avaliação do Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte) prorrogou até o dia 12 de maio o prazo para resposta aos questionários relativos ao semestre letivo especial 2020/2. A pesquisa foi encaminhada à comunidade acadêmica para os endereços eletrônicos institucionais de domínio Ufes e também pode ser acessada por meio dos links específicos de cada segmento: docentestécnicos-administrativos em educaçãoestudantes de graduaçãoestudantes de pós-graduação. O objetivo é coletar informações sobre as demandas físico-estruturais e psicoemocionais, visando à melhoria das ações que envolvem o Earte.

Esta é a segunda avaliação proposta pela Comissão Especial. A expectativa, segundo a presidente da Comissão, Ana Cláudia Campos, é que haja uma ampla participação de professores, técnicos e estudantes. “Os processos de adaptação estão mais bem consolidados no uso de ferramentas e plataformas de ensino”, informou.

Resultados

relatório da pesquisa referente ao semestre 2020-1 aponta, dentre os pontos positivos vivenciados pela comunidade acadêmica, o fato de “não haver deslocamento” (ter que ir para a Ufes), item marcado por 65,02% dos estudantes e por 68% dos técnicos. Os professores destacaram, também de modo positivo, a segurança e preservação da saúde física. A “flexibilidade de horários” foi apontada por 70% dos técnicos.

Em relação à saúde mental, o distanciamento social imposto pela pandemia da covid-19 fez aumentar a necessidade de acompanhamento psicológico para 37,55% dos alunos durante o semestre. Também foram apontados por 68,55% dos gestores problemas emocionais e psicológicos relatados por suas equipes. Entre os professores, 23,65% relataram a necessidade de acompanhamento psicológico durante o período.

A pesquisa indicou o aumento do volume de trabalho e estudos: 72% dos docentes e 63% dos técnicos disseram vivenciar sobrecarga de trabalho. “Esse fator pode ter impacto na saúde física, uma vez que 43% dos professores e 46% dos técnicos relataram problemas ergonômicos. Já entre os alunos, foi informado um excesso de atividades assíncronas, extrapolação do horário nas aulas síncronas e cansaço”, afirmou Ana Cláudia Campos.

Os alunos reconheceram que houve um esforço institucional para que o modelo Earte funcionasse bem, como o comprometimento dos professores e técnicos na condução do modelo, mas houve dificuldade de adaptação para as aulas síncronas tanto para os estudantes quanto para os professores. Alguns pontos levantados como “problemas com as plataformas escolhidas pelos docentes” e “plataformas diferentes” dificultaram a adaptação dos alunos.

Outro ponto destacado pelos professores foi a falta de interatividade durante as aulas síncronas, pois muitos alunos não abrem suas câmeras. Quanto à avaliação do Earte de uma forma geral, a pesquisa evidenciou que o segmento dos alunos é o menos satisfeito e o dos técnicos é o mais satisfeito com a gestão do Earte pela Ufes. Cerca de 38% dos alunos concordam totalmente (10,45%) ou em parte (27,57%) que a Ufes administra bem o Earte. Já entre os docentes, cerca de 55% concordam totalmente (15,6%) ou em parte (39,57%). Entre os técnicos, 70% concordam totalmente (32,28%) ou em parte (37,8%) com a forma como o Earte vem sendo administrado.

A implementação do Earte foi regulamentada pela Resolução nº 30/2020, aprovada em agosto de 2020 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), como forma de assegurar o direito à vida e à saúde da comunidade universitária, de suas famílias e da sociedade, e também preservar o direito à educação durante o período de isolamento social recomendado pelos órgãos de saúde pública em função da pandemia de covid-19.

A Comissão Especial para Acompanhamento e Avaliação do Earte é composta por representantes das pró-reitorias de Graduação (Prograd), de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) e de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci); da Secretaria de Avaliação Institucional (Seavin); do Conselho Universitário (CUn); e do Cepe.

 

Texto: Sueli de Freitas
Edição: Ruth Reis e Thereza Marinho

 

Publicado em 7 de maio de 2021.

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