Em live, gestores da Ufes apresentam balanço e explicam como será o semestre 2021/2

A Ufes está preparada para iniciar o semestre letivo 2021/2 no próximo dia 3, com as suas atividades acadêmicas e administrativas passando a ser desenvolvidas de modo híbrido, combinando os formatos remoto e presencial. Foi o que assegurou o reitor Paulo Vargas e outros gestores da Universidade, em live transmitida nesta quinta-feira, 7, pelo canal oficial da Ufes no YouTube. Nesta Fase 3 do Plano de Contingência de enfrentamento à covid-19, a Ufes deixa o formato majoritariamente remoto de funcionamento para ingressar na etapa parcialmente presencial. Mesmo nesta nova etapa, de acordo com o reitor, todos os protocolos de biossegurança serão exigidos em todos os ambientes, como o uso de máscaras e o distanciamento social.

“Observando os indicadores apresentados pelas autoridades sanitárias do Espírito Santo e as recomendações do Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE), a Universidade decidiu pelo retorno gradual das suas atividades”, sustentou o reitor. Diferentes deliberações e ações foram apresentadas no encontro dos gestores da Universidade, para serem executadas a partir de novembro. Nesta fase, as atividades híbridas de ensino de graduação contemplarão as disciplinas teórico-práticas, abrangendo cerca de 2,5 mil estudantes finalistas. Para as aulas em disciplinas teóricas, será mantido o modelo Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte).

As bibliotecas terão o funcionamento normalizado a partir do semestre 2021/2, com a manutenção das bases digitais de consulta bibliográfica. Os restaurantes universitários atenderão a toda a comunidade universitária, com previsão de abertura no dia 8 de novembro, por meio de pedidos de refeições pré-embaladas (marmitas) feitos em aplicativo que está sendo desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI). Todos os auxílios oferecidos em algum nível de vulnerabilidade econômica e social serão mantidos na Fase 3.

Além do reitor, participaram do evento o vice-reitor Roney Pignaton; e os pró-reitores de Graduação, Cláudia Gontijo; de Pesquisa e Pós-Graduação em exercício, Fábio Luiz Partelli; de Assuntos Estudantis e Cidadania, Gustavo Forde; e de Gestão de Pessoas, Josiana Binda. “O planejamento e as ações para o enfrentamento à pandemia começaram ainda em 2020, no início da pandemia, sendo cada etapa definida, gerenciada e monitorada pela Reitoria, com a participação das unidades estratégicas da Universidade”, assinalou o vice-reitor. Ele pontuou questões como a adequação dos espaços físicos às medidas de biossegurança, a viabilização das plataformas digitais para atividades acadêmicas e administrativas, e investimentos, como para o acesso a conteúdos de bibliotecas digitais e de programas de acessibilidade digital.

Ainda de acordo com Pignaton, a Universidade também investiu na formação de professores para o Earte e na aquisição de equipamentos de proteção individual. “Foi necessário o desenvolvimento de uma reengenharia orçamentária para que conseguíssemos viabilizar os projetos”, observou.

Graduação e pós-graduação

No ensino de graduação, a pró-reitora Cláudia Gontijo destacou que, desde o ano passado, foram articuladas diferentes ações objetivando a construção de uma política de ensino na Ufes, considerando as consequências da pandemia. “Mesmo com todas as adversidades, mantivemos a nossa missão e conseguimos formar 2.231 estudantes em 2020”, ressaltou.

A professora explicou que o processo de matrícula para 2021/2, previsto para o período de 21 a 25 de outubro, será aberto para todos os estudantes. Posteriormente, porém, será aberta uma etapa extraordinária para os alunos finalistas, entre 1º e 5 de novembro, cuja matrícula será realizada diretamente nas respectivas coordenações de colegiados de cursos. De acordo com Cláudia Gontijo, os estágios curriculares obrigatórios continuarão a ser ofertados na Fase 3, seja no modelo Earte, híbrido ou presencial.

O pró-reitor em exercício Fábio Partelli destacou que, mesmo no cenário de pandemia, houve evolução significativa na pesquisa e na pós-graduação. Ele apresentou os avanços na iniciação científica, com participação recorde em 2020, e a salientou a manutenção de eventos importantes, como as jornadas de iniciação científica e de inovação tecnológica, e a Semana do Conhecimento. Segundo Partelli, o número de matrículas nos cursos de mestrado e doutorado chegou a 4.748 no período. Já o número de artigos científicos publicados demonstrou considerável aumento: 311, em 2019; 1.300, em 2020; e 1.075, nos primeiros seis meses de 2021. Ele observou que boa parte dessas pesquisas estão relacionadas à covid-19.

Assistência

Na assistência estudantil, o pró-reitor Gustavo Forde destacou diversas ações, realizadas com o protagonismo do Fórum de Assistência Estudantil da Ufes e o suporte da Administração da Universidade. Ele apontou que o atendimento psicossocial foi mantido no período e permanecerá na Fase 3. “Foram cerca de 1.400 atendimentos por semestre”, contou, acrescentando que “As ações de auxílio equipamentos e internet contemplaram cerca de 4.600 estudantes, e nos demais programas de assistência estudantil foram 4.100”.

O pró-reitor de Extensão, Renato Neto, mencionou a consolidação da política de creditação das ações extensionistas em todos os cursos de graduação, além dos eventos formativos realizados no período em todos os centros de ensino. De acordo com o pró-reitor, das 481 ações de extensão registradas no período, cerca de 150 são relacionadas à covid-19.

A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Josiana Binda, pontuou que o setor realizou mil atendimentos de caráter psicossocial em 2020 e que, em 2021, os números já estão próximos, além de 1.200 capacitações virtuais.

“Enfrentar os graves efeitos da pandemia é extremamente desafiador, porque as soluções são urgentes”, afirmou o reitor Paulo Vargas. “Devemos combater as diferentes formas de negacionismo, porque são formas de violência contra a vida e a cidadania”, ponderou, enfatizando que “É importante que possamos defender o direito à educação, mesmo no cenário devastador da crise sanitária, com cerca de 600 mil vidas perdidas, e priorizar o direito à vida e à saúde”.              

O reitor Paulo Vargas disse ainda que a Ufes está monitorando todos os fatores associados à crise sanitária para novas definições em relação ao ano letivo de 2022.

A live está disponível na íntegra no canal Ufes Oficial no YouTube.

 

Texto: Luiz Vital
Edição: Thereza Marinho

 

Publicado em 8 de outubro de 2021.

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